As calmas margens do Ipiranga
Não mais ouvem o brado do seu Povo.
Também não ouvem as do São Francisco,
Nem as do Amazonas ou do Paraná:
O Povo heroico ficou mudo.
E o Sol da Liberdade, pirilampo,
Brilhava no céu da Pátria até um instante.
Mas então chegou a burocracia
Com sua amiga politicagem
E a Lua da Pobreza iluminou o Brasil.
E o penhor dessa Igualdade,
Conseguimos conquistar com braços fortes?
(Todo dia vejo pessoas comendo lixo
Querendo lixo
Vivendo lixo.)
Ó Pátria amada, idolatrada,
Salve, salve-se!