Em meio às campas encontrei o meu descanso,
Em meio aos túmulos alheios o encontrei;
Há muito procurava um fim sereno e manso,
E, de tanto buscá-lo, à morte me entreguei.
Promessa de paz foi aquele doce encanto,
Que me atraiu para obscuro cemitério.
Só a Moira, boa e vil velha, ouviu meu pranto,
Cortou o meu fio e me lançou ao véu etéreo.
Junto aos meus queridos ancestrais durmo eu,
Pensando em toda a crueldade que sofri
E sabendo que sou uma alma que aprendeu:
Viva! Apesar de triste, como vivi,
E só a mim ocorrer o quanto isso doeu,
Eu já lamento, pois muito cedo morri.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
da crueldade da vida
Além daquela colina tem um rio
De águas muito claras, com pedras no fundo e nas margens,
E árvores muito bonitas que dão frutos gostosos.
Ali, eu sentei e chorei.
Chorei porque tem gente morrendo de fome
Tem gente morrendo de sede
Tem gente morrendo de amor;
Enquanto isso, lá no fundo, eu imagino
Como deve ser lindo
Morrer de amor.
Chorei porque a vida me veio, sedutora,
Me fez cair em seus braços,
Me mostrou sua amiga ilusão
E então fugiu,
Me roubando o coração.
Ai...! Poeta, dá graças
Porque seu coração lateja
Pela tua amada!
Ai...! Que sentir dor é melhor que não sentir nada.
De águas muito claras, com pedras no fundo e nas margens,
E árvores muito bonitas que dão frutos gostosos.
Ali, eu sentei e chorei.
Chorei porque tem gente morrendo de fome
Tem gente morrendo de sede
Tem gente morrendo de amor;
Enquanto isso, lá no fundo, eu imagino
Como deve ser lindo
Morrer de amor.
Chorei porque a vida me veio, sedutora,
Me fez cair em seus braços,
Me mostrou sua amiga ilusão
E então fugiu,
Me roubando o coração.
Ai...! Poeta, dá graças
Porque seu coração lateja
Pela tua amada!
Ai...! Que sentir dor é melhor que não sentir nada.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
elegia de afrodite
Eu venho da espuma do oceano,
Da brisa leve que fecundou as árvores;
Sou o canto dos pássaros da manhã,
O barulho da água correndo no rio
Sou a que veio para espantar todos os males.
Eu venho do amor entre o rio e a floresta,
Do pólen milagroso que engravidou a terra.
Sou o toque leve de Deus,
Que teve piedade dos filhos
E me enviou para salvá-los.
Eu venho para mostrar que não há por que sofrer,
Venho para expiar toda a sua dor.
No meu rosto eu guardo suas aflições,
Seus medos vivem em meu coração
Sua crueldade repousa em minha mente
E sob minha pele dorme sua tristeza.
Em meus olhos cansados podes ver a agonia
Por carregar tudo aquilo que tu devias.
Meu peito dói e grita, exaurido de sofrer,
Mas para cumprir minha missão não devo apenas morrer.
Ó maresia...! Ó leve brisa...! Ó perfume da floresta!
Me levem de volta para o fundo do oceano!
Porque a terra firme só me faz afogar em dor.
Da brisa leve que fecundou as árvores;
Sou o canto dos pássaros da manhã,
O barulho da água correndo no rio
Sou a que veio para espantar todos os males.
Eu venho do amor entre o rio e a floresta,
Do pólen milagroso que engravidou a terra.
Sou o toque leve de Deus,
Que teve piedade dos filhos
E me enviou para salvá-los.
Eu venho para mostrar que não há por que sofrer,
Venho para expiar toda a sua dor.
No meu rosto eu guardo suas aflições,
Seus medos vivem em meu coração
Sua crueldade repousa em minha mente
E sob minha pele dorme sua tristeza.
Em meus olhos cansados podes ver a agonia
Por carregar tudo aquilo que tu devias.
Meu peito dói e grita, exaurido de sofrer,
Mas para cumprir minha missão não devo apenas morrer.
Ó maresia...! Ó leve brisa...! Ó perfume da floresta!
Me levem de volta para o fundo do oceano!
Porque a terra firme só me faz afogar em dor.
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