sexta-feira, 11 de março de 2011

soneto do desespero

Em mim só existe dor e sofrimento
Pois todos os que prezo se calaram.
Convivo, assim, com o descontentamento
Por ter perdido aqueles que me amaram.

Por que não me carregas em teu seio,
Ó Morte, mãe da dor e da alegria?
Eu sinto, enquanto perco-me em enleios,
Toda a tristeza do mundo num dia.

Ó Musa de Negro, venha me achar!
E suga de mim o sopro da vida,
Pois ele já não me induz a querer.

E quando a Noite profunda chegar,
Tira o meu sangue, como da ferida
Que tudo o que sinto é a alma doer.

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